Full text: XI. Jahrbuch der Export-Akademie des K. K. Österreichischen Handels-Museums (11)

109 
62. Epitaphio. 
O gran juizo esperando, 
Ja<jo aqui nesta rnorada; 
Tambem da vida cansada 
Descansando. — 
Pergunta-me quem fui eu, 
Attenta bem pera mi, 
Porque tal fui coma ti, 
E tal has de ser com’eu. 
E pois tudo a isto vem, 
O lector, de meu conselho, 
Toma-me por teu espelho, 
Olha-me e olha-te bem.. — 
Gtl Vicente. 
63. O juramento do arabe. 
1. Baqüs, mulher de Ali, pastora de cam61as, 
Viu de noite, ao fulgor das rütilas estrellas, 
Wail, chefe minaz de barbara pujanqa, 
Matar-lhe um animal. Bagüs jurou vinganqa: 
Corre, c^lera voa, entra na tenda e conta 
A um hospede de Ali a grave e inulta affronta. 
2. »Baqüs, disse tranquilo o hospede gentil, 
Vingar-te-hei com meu bra^o, eu materei Wail.« 
Disse e cumpriu. 
Foi esta a causa verdadeira 
Da guerra pertinaz, horrivel, carniceira 
Que as tribus dividiu. Na lucta fratricida 
Omar, filho de Amrü, perdera o alento e a vida. 
3. Amrü que lanqas mil aos rüdes prülios leva, 
E que, em sangue inimigo, irado os odios cdva, 
Incansavel procura, e € sempre embalde, o vil 
Matador de seu filho, o tredo Muhalhil. 
4. Uma noite, na tenda, a um moqo prisioneiro, 
Recem-colhido em campo, o indomito guerreiro 
Fallou severo assim : 
»Escravo, attende, e escuta: 
Aponta-me a regiäo, o monte, o plaino, a gruta, 
Em que vive o traidor Muhalhil, dize a verdade; 
Dä-me que o alcance vivo, e 6 tua a liberdade!«
	        
Waiting...

Note to user

Dear user,

In response to current developments in the web technology used by the Goobi viewer, the software no longer supports your browser.

Please use one of the following browsers to display this page correctly.

Thank you.