Full text: XI. Jahrbuch der Export-Akademie des K. K. Österreichischen Handels-Museums (11)

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»O loiro, eu sempre fui um grande burro em dar por ti aquelle 
dinheiräo! 
E o papagaio respondeu-lhe: »E mais que certo!« Acertou 
d’esta vez. 
Jodo da Camara, 
Maximiliano de Azevedo e Raoul Brandao 
(Livro de Leitura, Lisboa 1903). 
8. O macaco do avarento. 
Havia em certa terra um rico täo avarento que nem cinco r6is 
dava de esmqla a um pobrezinho. Com receio de que o roubassem, 
näo queria em casa creado nem creada. O seu unico companheiro 
era o macaco, que comprara talvez com a ideia de lhe servir de 
guarda do dinheiro que amontoava ao canto de um velho bahu. 
Um dia o avarento safu, fechou a porta e deixou a casa entregue 
ao macaco. Pös-se este ä janella fazendo gaifonas e arremedando todas 
as pessoas que via. Passou na rua um pobre velho, esfarrapado, a 
quem a vizinha que morava defronte, favoreceu com algumas moedas 
de cobre que da janella deixou cair sobre as pedras da calgada. O 
tilintar do dinheiro, ao cair nas pedras, impressionou täo agradavel- 
mente o macaco que, por esse facto e por espirito de imitagäo, foi 
immediatamente, ao bahu do dono em que este guardava luzidias 
peqas de oiro, e; trazendo algumas as deitou ä rua. Eoi em seguida 
buscar mais e mais, e assim despejou todo o peculio do avarento. 
Jose Bartholomen Ritta dos Martyres, 
Antonio Francisco dos Santos 
(Livro de Leitura). 
9. A critica do sapateiro. 
Expoz Apelles ä porta uma pintura sua, e p6z-se detraz do 
panno a escutar os votos e censuras varias dos que passavam. 
Veiu um sapateiro e notou um defeito na chinella d’uma figura 
principal. Emendou Apelles a falta; e no dia seguinte tornou a passar 
aquelle official, e vendo a emenda, ficou satisfeito de si, e atreveu-se 
a notar outra cousa na perna da misma figura. 
Entäo Apelles, apparecendo-lhe, disse: 
»Näo suba o sapateiro alöm da chinella.« 
M. Bernardes 
(Floresta). 
10. Independencia de Diogenes. 
No tempo em que reinava Dionysio em Sicilia, estava Diogenes 
ä porta ou ä boca da sua cuba, lavando umas hervas para comer, e 
disse-lhe um dos que passavam: 
»Se tu adularas a Dionysio, näo comeras hervas.«
	        
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