Full text: XI. Jahrbuch der Export-Akademie des K. K. Österreichischen Handels-Museums (11)

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intima uniäo dos dois corpos e establece de vez a simplicidade da 
sua natureza. 
Newton previra a combustibilidade do diamante, a quäl foi ex- 
perimentada por Lavoisier em 1772 e repetida por Davy em 1816. 
Se o carbonico existe largamente disperso, nos tres reinos e 
sob variadissimas formas, näo se pode dizer assim do diamante; a sua 
forma cristalina, pelo contrario raramente acantoada em pontos privi- 
legiados do globo, onde com perigosos esforgos vae desencantal-o a 
ambigäo humana, na forma de uma das mais poderosas industrias. O 
seu valor, e o seu prego crescem, at6 certo ponto, na razäo do qua- 
drado do seu peso e fora de proporgäo, quando se trata de gemas 
excepeionaes em tamanho e peso. 
Depois de uma exploragäo intensiva das antigas minas de Gol- 
conda, de Borneo e do Brazil e ainda, n’estes Ultimos 40 annos na 
Africa do Sul, receia-se vagamente que dentro de algum tempo sobre- 
venha o esgoto, o que näo faria senäo encarecer a jä de si custosa pre- 
ciosidade. Näo tanto por este receio como pelas difficuldades e incertezas 
da sua extracgäo mineira, trata-se, como n’um velho sonho de alchimista, 
tornado palpavel pelo poder investigador e de assombrosa realisagäo 
da chimica moderna, de o obter por Synthese, em cadinhos apropriados. 
A fabricagäo de gemas artificiaes näo 6 simplesmente uma tenta- 
tiva. Se näo existe com a amplitude de certas exploragöes industriaes, 
consegue em limitado ambito os foros de uma experiencia scientifica, 
que visa fora do laboratorio uma expansäo commercial lucrativa. 
Actualmente a fabricagäo do rubi em beilos cristaes, täo Umpidos 
como os orientaes, mas de infinitamente menor prego, 6 um facto. 
Devem se a um francez, Verneuil, os trabalhos conducentes a essa 
nova industria. Para a obtengäo do diamante de laboratorio, ainda 
muito longe de uma promessa de entrar na epoca de facil industriaii- 
cagäo luta-se com enormes difficultades, apenas em pequena escala 
venciveis, ä custa de condigöes artificiaes, que absorvem uma grande 
despeza, o que torna, o diamante synthetico tanto o mais caro que 
o natural, ä semelhanga do que acontece com o radio e outros corpos 
raros laboriosamente entrevistos e separados pelos chimicos e cujas 
fracgöes milesimas de peso custam fabulosas quantias. E certo que o 
carbone existe por toda a parte, nas plantas, nos animaes, na atmo- 
sphera, sob a forma de gaz carbonico, no petroleo, no acetylenio, no 
gaz illuminante, porem no estado de combinagäo, donde näo 6 facil 
separal-o, isto 6, isolal-o, para o obter puro e cristalisavel. 
Comtudo foi essa a ultima gloriosa experiencia de Moissan (a 
que ha tempo tivemos occasiäo de nos referir aquijj Este illustre 
chimico, ha pouco fallecido, chegou a produzir particulas infimas de 
diamante, escolhendo para esse fim o carbonio amorpho, agraphite ou 
o carväo de assucar, submettido a elevadissima temperatura e pressäo, 
em forno especial, aquecido ä chama do arco voltico. E uma operagäo 
violenta para conseguir por fim, pequenissimas parcelas de diamantes, 
de uma cristalisagäo imperfeita.
	        
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