Full text: XI. Jahrbuch der Export-Akademie des K. K. Österreichischen Handels-Museums (11)

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velho proverbio: cada cabega. . . Aqui näo; As cabegas säo muitas, 
mas a sentenga 6 uma so. 
Talvez por contagio, ou por suggestäo, todos ä uma gritam 
contra as falsificagöes e täo convencidos o fazem que se revoltam 
contra a inefficacia, incompetencia ou tolerancia das fiscalisagöes offi- 
ciaes. Pois näo obstante o tom de conviccäo com que, em geral, se fala 
ou escreve, eu seria tentado a dizer se a palavra näo fosse demasi- 
adamente dura que tudo isto näo passa de uma mentira convencional, 
porque, por muito estranho que o parega, a verdade 6 que as falsi- 
ficagöes estäo, entre nos, reduzidas a um minimo, o que 6 devido 
precisamente em grande parte ä acgä.o intensivamente repressiva das 
fiscalisagöes officiaes. Näo 6 esta uma opiniäo minha ou d’outrem. E 
a simples conclusäo logica dos factos. 
1. A inanidade das provas que se tem adduzido a proposito 
das falsificagöes b evidente. 
Competiria aos que accusam de falsificagäo o commercio e a 
industria e as fiscalisagöes. officiaes de incompetentes ou inefficazes, 
provar o que dizem. Quem accusa b que prova. Ora essas provas näo 
existem. Disse uma vez um illustre deputado, na sessäo de 22 de fe- 
vereiro de 1901, que havia em Cannas de Senhorim uma fabrica onde 
se fazia vinho de toda a qualidade de drogas. Nunca se poude saber 
como nem porque se originou este boato. A calumnia, quando näo b 
anonyma, forceja por sel-o. Mas nem nos importa. O que posso asse- 
gurar b que essa suspeita nunca teve a menor confirmagäo. 
Disse ainda um outro illustre deputado, na sessäo de 29 de fe- 
vereiro do mesmo anno, que se podia fabricar vinho a razäo de 
3 $ 000 reis a pipa. Ora so em alcool suppondo que o vinho era 
de 10°, se gastariam mais de trez vezes os 3 $ 000 reis. Isto, fora de 
barreiras, porque dentro da cidade o alcool necessario para fazer uma 
pipa de vinho custaria nada menos, em numeros redondos de 
32 $ 000 reis. Citemos, porem, numeros. Uma estatistica organisada de 
1896 a 1899 pela extincta inspecgäo dos vinhos e azeites diz que das 
36:829 amostras colhidas durante esse periodo apenas 2:628 eram 
adulteradas. A percentagem 6, pois, de 7. Sobre leites, fala uma esta 
tistica elaborada em outubro de 1903 no laboratorio do Instituto 
Central de Hygiene, a quäl aponta apenas 27 amostras falsificadas 
nas 536 que foram colhidas. E entende-se neste caso por amostras 
falsificadas somente as dos generös que tiveram de ser retiradas da 
venda. As estatisticas ficam assim muito carregadas porque 6 preciso 
distinguir entre os productos improprios para o consumo e os que 
forem alterados propositadamente. Disso se incumbe uma outra esta 
tistica organisada no mesmo mez e anno pelo referido instituto. E 
assim, de 144, sendo 39 de vinhos e vinagres e 17 de azeite e as 
restantes de generös diversos, so tres, em rigor, podem ser consideradas
	        
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