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na terra um filho que lhe recite as oragöes ä hora da morte, por isso
a esterilidade e humilhante. O nascimento de um filho varäo da logar
a grandes festas. ü pae offerece ao seu Deus, cöco e assucar, esparge
a casa com bosta de boi diluida ein agua para afugentar os maus
espiritos. Todos os que habitam a casa esfregam a cal.eca com oleo
de coco, lavam-se e purificam-se. Em algumas localidades faz-se ao
sexto dia, a festa a deusa Satty, pondo-se ao pe da mäe uma porgäo
de arroz, dez ou doze litros, rodeada de cöcos e uma candeia accesa.
Dorante toda a noite tangem as gumatas e outros instrumentos, näo
sendo permittido äs pessoas da casa dormirem. Na casa em que se
fixer esta cerimonia todas as mäes que tiverem filhos, que ainda näo
tenham attingido a epoca de dentigäo teem de sair com os filhos, com
receio que o diabo Xatam näo se introdusa no corpo da creanga cuja
bocca desprovida de den'tes näo pöde evitar-lhe a entrada. Ao decimo
primeiro dia todas as pessoas se purificam com agua benta Panchä
Gaviä, de Panchä cinco, e Gaviä vacca, quer dizer as cinco excregöes
e secregöes da vacca, a saber: o leite, a manteiga, o soro, a bosta e
a urina. Se acontece a mulher morrer antes do decimo dia, entäo
fazem-se coisas extraordinarias.
Quebram-lhe as articulagöes dos bragos e das pernas, cravam-lhe
na cabega um prcgo e o corpo sae por um buraco que se abre na
parede e que logo se fecha. Isto tudo se faz para que a morta näo
possa voltar para traz e näo saiba entrar em casa. E uso entre os
gentios a incineragäo, por isso näo ha mausoleos, limitando-se a plantar
no logar da queima a arvore Tussoly, pela quäl tem grande veneragäo.
Tambem e muito venerada a Veddo ou bicus Religiosa, porque os
seus ramos esconderam o deus Chrisna, quando menino, aos olhos dos
seus perseguidores. Os brahmanes, reconhecidos por este servigo,
introduziram a pratica de dar algumas Voltas em roda da arvore,
collocar-lhe flores ao pö do tronco e espargil-a com agua.
Se se contam por centenas as cerimonias religiosas d’estes povos
e por milhares que se podem contar os seus deoses ou objectos a
que prestam veneragäo. Para o hin du, tudo o que existe no mundo
material ou immaterial e uma manifestagäo da divinidade e tcm uma
parte da emanagäo divina. Crelo betn que näo ha no mundo povo
mais arreigado äs suas crengas. Em Benares, a Roma hindu, ha mais
de 4000 templos e sanctuarios e o seu poder sagrado e täo grande,
que a vista das flcchas dos seus templos purifica o maior peccador,
mesmo que o seu peccado teil ha sido comer carne de vacca: A mais
pequena descripgäo ou noticia que eu tentasse dar-vos sobre o pantheismö
hindu, levar-me-ia muito longe e para näo vos fatigar direi. apenas
duas palavras. A base do brahmanismo puro e o culto äs origens da
vida, ao poder creador, äs forgas da natureza em todas as suas mani-
festagöes. Pelo seculo Y, antes da nossa era, appareceu CakE Mouni
pregando a sua admiravel doutrina, que tomou o nome de Budhismo,
porque eile mesmo foi chamado Budha, que quer dizer sabio. Desta
doutrina nasceu o Taisnismo e por toda a parte appareceram outras